sexta-feira, 23 de julho de 2010

TOMAR BANHO DE RIO

No final dos anos sessenta, jogavamos futebol alí onde é hoje o Colégio Evangélico José Leôncio de Santana, ou seja, por trás da Cadeia Velha, onde hoje funciona o Museu Municipal. Como eu era muito jovem e jogava "direitinho", as pessoas me botavam para jogar, porém, José Wellington, hoje médico pediatra, só chegava atrasado e por ser mais velho que eu, impunha respeito e mandava logo eu sair para lhe dar o lugar. Eu ficava "puto" da vida, mas, não tinha o que fazer. Matutando um jeito de me vingar, descobri que uma turma de jovens, ao meio dia, se dirigia ao rio para se refestelar, dentre eles, Leonardo Nogueira, Neto de Afonso, Francisco Márcio, Filgueira e o próprio José Wellington. Daí que naquela época, tomar banho de rio significava uma sentença de morte e os pais não queriam nem pensar que seus filhos estavam a se banhar naquelas águas fluviais. Com a intençao de me vingar, fui até a casa de Seu Tertinho, pai de José Wellington e denunciei a astúcia. Seu Tertinho foi logo pegando o cinturão, passando-o em volta da mão e tocou para o horto florestal, aonde os traquinas estavam tomando banho no rio Mossoró. Lá chegando, Seu Tertinho procurando José Wellington, quando de repente ele emerge à sua frente e quando percebe a presença do pai, exclama: Papai, deixe eu tomar banho de rio! E tome peia!

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