segunda-feira, 29 de março de 2010

SAL

O amigo Sérgio Miranda adquiriu na praia de Tibau, um banheiro que aqui chamávamos de "pinga", por compra as herdeiras de Antonio Vieira de Sá. Ao saber da transação, Herbert Vieira de Sá, sobrinho das vendedoras, ficou logo interessado, pois o referido ficava na descida de sua residência lá em Tibau. Interessado, mandou chamar Sérgio e este ao ser indagado por quanto lhe vendia o terreno onde se localizava o pinga, respondeu que o preço era R$ 25.000,00. Indignado com o preço, que achou um absurdo e, com a autoridade e moral que tem os homens ricos, disse em tom poderoso e debochado: Eu vou lhe R$ 20.000,00 em sal! Sérgio respondeu: Num como sal, não, sou hipertenso! Deu meia volta e foi-se!

sexta-feira, 26 de março de 2010

CHEQUE VOADOR

Em mesa de jogo de baralho, de tudo se vê. Dr. Marcelo Eugênio de Castro Almeida, fisioterapeuta que atualmente reside em Natal, contumaz jogador de baralho, costumava jogar na banca de Durval Costa, eterno candidato a vereador desta cidade de Mossoró e, certa vez ao perder grande quantia, passou um cheque para o dono da banca que prontamente o recebeu. No dia seguinte, conseguindo recuperar a importância perdida no dia anterior, o dono da banca como pagamento foi lhe devolver o cheque que havia recebido e Marcelo indignado lhe disse: Esse cheque eu num recebo, não! E Durval tentava argumentar que o cheque era dele e lhe respondia: Eu sei, e é por isso mesmo que eu não recebo, pois eu sei que não tem fundos. E o pior: Durval terminou lhe pagando em dinheiro! Acredita numa estória dessas?

quarta-feira, 24 de março de 2010

PIMENTA

Esse é um amigo gozador e "eloquente", que trabalha na Montec. Simplesmente, tem uma forma toda especial de ver e principalmente de ouvir as coisas. Às vezes penso que ele está parodiando o que ouve. Estávamos em Tibau, eu, Edmundo Torres, Dalmário e outros que vocês não conhecem, nas festas de passagem de ano e depois de muito "comes e bebes", já na hora de se recolher, ele sai com essa: Vou dormir, pra amanhã acordar cedo e tomar um banho de mar pra tirar AS GAZELAS! "Sê" acha, uma coisa dessa...???

NETO BOSTEIRO 02

Vinha ele, com aquele andar posudo, quando alguém lhe diz: Deixe de pose, homi! Ao que ele responde: Se eu deixar a pose eu vou viver de quê?

quinta-feira, 18 de março de 2010

NETO BOSTEIRO

O espirituoso e hilariante Neto Andrade, o conhecido Bosteiro, meu primo paterno, outro dia chegou com uma conversa que foi levado logo a sério, em função de sua "pose". Dizia ele: Eu queria ser pobre um dia...E as pessoas fizeram os mais diversos comentários, alertando-o que ele devia ter mais humildade e etc. Daí, ele saiu com essa: Eu queria ser pobre um dia, porque ser pobre todo dia, é muito chôco...!!! A galera caiu na risada!

quarta-feira, 17 de março de 2010

VESTIBULAR

Este causo vem confirmar a "leseira" das "Escóssia". Só que agora está afetando as mais novas. A neta de meu irmão Cavalcanti, de 12 anos de idade, de nome Bianca, estava ouvindo uma conversa sobre a aprovação da filha do artista plástico Careca, que também é meu primo por parte de pai, no vestibular de medicina, quando ela saiu com essa: Qual, a que morreu? Tem hora em que a pessoa deve ficar calada!

terça-feira, 16 de março de 2010

SEM DESAMASSAR

Essa é do grande Poeta e Cantador de Viola, Luis Campos. Estava ele em um bar com os amigos, quando alguém lhe chama a atenção sobre uma "véia" que ia passando, toda maquiada e elegante. Aí ele sai com essa: Ai, vai, e agora tão pintando sem desamassar.... A risadagem foi geral!

segunda-feira, 15 de março de 2010

IBAMA

Outra de Zé Antonino, considerado ceralista do mercado central e depois merciareiro na rua Machado de Assis, centro. Como já falei anteriormente, era uma figura antológica, cabeça fria ao extremo, um bon vivant, na acepção da palavra. Outro dia, um macaco apareceu ali nas redondezas, aonde se localizava a mercearia e bar do Antonino, causando um verdadeiro terror. O macado aterrorizava as donas de casas roubando comidas, as roupas do varal, partia para cima das pessoas, dentre outras macaquice. Daí, fizeram uma denúncia ao Ibama e seus agentes passaram à caçar o símio por vários dias, até dar com ele em cima da mercearia do Zé Antonino. À frente da mercearia, que ficava aos fundos do Colégio Dom Bosco, a meninada toda eufórica para ver o macaco endemoniado, gritando, assobiando, numa verdadeira balbúrdia. Daí, que chega Filgueira, diretor do referido colégio e pergunta: Ô Zé, cadê esse macaco? Pegaram ou não pegaram? Ele, com a calma que lhe era peculiar, bem sentado numa espreguiçadeira, responde: Peraí, pessoa, tão "agemando" o macaco! O macaco era um marginal?

sexta-feira, 12 de março de 2010

DE LASCAR

Esse "causo" só vou relatar porque não é mais segredo para muita gente. Mas, é com o coração partido e um constragimento enorme que o faço, pois mexe com pessoas de minha estima e apreço. Em 1975, meu pai foi acometido de uma grave enfermidade e depois de sofrer alguns dias por aqui, teve que ser levado às pressas para Natal, quando foi cirurgiado pelo Dr. Hernany Rosado e graças a Deus retornou ao nosso convívio por muitos anos mais. Mesmo passando por todo esse sufoco, nós, que éramos adolescentes, e que não tínhamos a exata noção da situação, continuávamos a aprontar as nossas irresponsabilidades infantis e ingênuas. Fiquei sozinho em nossa casa e como nessa época jogava no Baraúnas, alguns de meus colegas dormiam lá em casa e era sempre aquela balbúrdia, mesmo sabendo que meu pai estava doente em Natal. Quem também sempre estava por lá, pois é meu amigo desde a infância, era meu amigo Sérgio Miranda e numa madrugada dessas, depois que tivemos a notícia da melhora de meu pai, tivemos a infausta idéia de passar um "trote" telefônico para seu Genildo Miranda, pai de Sérgio. Tudo de improviso. Ligamos e quem atendeu foi o próprio. Ai começou o diálogo, eu coloquei uma camisa enrolada no fone do aparelho para ficar mais inaudível, disfarcei um pouco a voz e sapequei: Alô...é da residência de Seu Genildo? Com a afirmativa, eu continuei: O senhor me desculpe estar ligando a esta hora, mas, é que tem um carregamento muito grande de chocolates aqui da Garoto (Vila Velha-ES), para enviar ai para Mossoró e precisamos muito confirmar com seu Xavier, nosso representante ai na praça, que nos deu este número para contato. Depois de muito ai, ai, ai, Seu Genildo resolveu ir chamar Xavier e ao atravessar a estreita rua Dr. Almeida Castro, nós lá da frente de minha casa, acompanhavamos tudo. Lá vem Xavier, de pijamas e todo descabelado. Ao atender o telefone foi logo gritando: ALÔ! Do outro lado da linha, Sérgio já estava ao aparelho, pois ele residia vizinho à casa de minha avó e podia reconhecer minha voz, foi logo falando em tom ostio: XAVIER, VOCÊ NUM TEM VERGONHA, NÃO, HOMI, DE PIJAMAS NUMA HORA DESSAS NA CASA DOS OUTROS? E bateu o telefone e corremos para a rua observar a passagem dele de volta para casa, resmungando! Coisas de menino ruim de uma época onde a maldade se resumia a pregar "peças" nos outros!

quinta-feira, 11 de março de 2010

COMUNISTA

Candido Martins, comunista de quatro costados, que vem a ser avô de minha nora Luana, casada com André, tinha a vêia comunista e, ao tempo da ditadura, só em afirmar que era comunista o cabra ia preso, era torturado e o "diabo asseta". Destemido e louco, como só ele, se encontrava em sua farmácia, quando uma guarnição do exército chegou para investigar sua condição de subversivo e o comandante da guarnição foi logo lhe perguntando: Você é comunista? Ele respondeu na bucha: Sou! E você não é , primeiro, porque não tem coragem e segundo, por que o partido não lhe aceita! Ponto final. O resto vocês imaginem...

quarta-feira, 10 de março de 2010

FARMÁCIA SÃO MIGUEL

Sérgio Miranda foi a Farmácia São Miguel, de Francisco José e Galba Silveira, com um colega de trabalho chamado Alceu (TGG - Geofísica) à procura de um medicamento chamado Baycuten e lá chegando, foram atendidos pelo balconista Alípio (rapaz alegre) que atualmente é professor de Educação Física nesta cidade. Logo perguntaram-lhe: Tem Baycuten? Ele respondeu: Bay, num tem não, mas, cú tem! Você já pensou um negócio desses!

segunda-feira, 8 de março de 2010

IRMÃO

Outra do Diocesano e Pe. Alcir da Silveira, nosso eterno professor de Português. A turma muito bagunceira colocou um jumento na sala de aulas. Ele entrou, olhou para o jumento, fez de contas que nada estava acontecendo e passou a dar aula com gosto de gás, ministrando um contéudo equivalente a cinco, seis aulas. Isso, a turma toda rindo e na maior algazara e ele nada dizia. Ao terminar a aula, ele se dirigiu ao jumento e disse: Diga a seus irmãos, que essa é a materia da prova de amanhã! E se retirou da sala, deixando todos calados e pensativos! O "padi" era cruel!

sexta-feira, 5 de março de 2010

LOUCO?

Nos anos oitenta, a ESAM, hoje UFERSA, recebeu muitos estudantes estrangeiros da américa central, venezuela e caribe, os quais conheci alguns. Eles, geralmente com um bom poder aquisitivo, não se sujeitavam a morar na vila acadêmica (residência universitária) preferindo alugar casas aqui no centro da cidade. Eles adoravam músicas, principalmente suas rumbas e trouxeram equipamentos de som muito bons para ouvir em suas casas. Uns deles alugaram uma casa aqui na rua Dr. Almir de Almeida Castro, em frente ao Horto Florestal, hoje IBAMA. Casa esta que pertencia ao falecido Zé Antonino, comerciante de cereais e queijos no mercado central por muitos anos e que ficava exatamente vizinho a casa deste. Todo dia, a tarde os gringos "metiam" som nas caixas e abriam as portas e ficavam cantando alto e dançando lá dentro de casa. Zé Antonino com uma certa deficiência auditiva, se sentava na calçada e "num tava nem aí"! Certa feita, uma senhora passa e ao ver aquela algazarra na casa dos gringos, som alto, dança e eles cantando uma música diferente das nossas, pergunta pra Zé Antonino: São loucos? Zé responde: Não, pessoa, "cantor"!!!

DIOCESANO

Tempos dos anos sessenta no Colégio Diocesano. Pe. Alcir da Silveira, professor de português de mão cheia, dava sua aula, quando ouviu alguém cantando baixinho lá atrás. Quando se virava para observar, a pessoa se calava. Várias tentativas e numa dessas o cantor foi flagrado! Pe. Alcir, como todo professor daquela época, muito duro, mandou imediatamente o cantor se retirar da sala. O cantor se levanta (Neto, filho de Afonso Leonardo, precursor dos Tremendões) e vai se retirando, quando é acompanhado por Luiz Mauro (Filho de Preguinho Dourado) e, o padre pergunta: E você vai pra onde? Luiz Mauro responde: Pe. Alcir, eu sou o empresário do cantor. Pe. Alcir: Volta o cantor e sai o empresário pra ir atrás de contratos! A turma não se aguentou!

MALA

Seu Quinto, funcionário aposentado dos correios, falecido há pouco tempo atrás, avô do colega Ramirez Fernandes, era um gozador, um bon vivant, na essência da palavra. Mesmo próximo dos oitenta anos, ainda bebia duas vezes ao dia. Uma vez, antes do almoço e outra antes do jantar. Isso aliado ao consumo de umas duas ou mais carteiras de cigarros, bem fortes, ao dia. Isso, certamente, incomodava a muita gente, que vivia a aconselha-lo e ele nem "tuiú". De certa feita, um popular alerta-o para o perigo do tabagismo, dizendo-lhe que ele estava a fumar muito e tudo...Ele disse: E é por que eu só tenho um pulmão direito! O popular: É mesmo, e o outro? Ele: É o esquerdo...!!!! Fuleira, né não, esse véi? Que Deus o tenha em bom lugar!

quinta-feira, 4 de março de 2010

LESEIRA NA VISEIRA

Em um veraneio desses, que passamos em Tibau, estavamos na balaustrada de minha casa, quando de repente, passa "voando" em uma moto Honda 400 cilindradas, o popular e cego de guia, Golinha (Antonio Carlos Carvalho de Azevedo), hoje aposentado da petrobrás e logo após ouvimos um barulho de uma queda de moto, quando corremos para ver o que havia acontecido. Estava ele, ao chão, todo empoeirado (não havia calçamento ou asfalto nessa época), todo arranhado e a moto ligada fazendo "zuada". Daí, perguntamos o que havia acontecido e ele rindo respondeu: Cuspi na viseira do capacete e num enxerguei mais nada! Pode um negócio desses?

terça-feira, 2 de março de 2010

BURRICE

Voces sabem que fenômeno acontece quando uma pessoa casa-se por mais de uma vez? A esperança venceu a experiência!

PÉSSIMO NEGÓCIO

Meu irmão Cavalcanti sempre foi muito apaixonado por sua esposa, Esmeralda! Quando foi se casar, comunicou a nosso saudoso e estimado pai e, este lhe perguntou se ela tinha as "coisas" e se era bonita. Mesmo meu irmão Cavalcanti tendo respondido positivamente, ele disse: Ainda é um péssimo negócio! Hoje eu sei que ele tinha razão!

TRISTE, MAS COM FOME!

Em um ano qualquer dos oitenta, houve uma comemoração natalina nas Drogarias Rio Grande, do saudoso Chichico e, havia pouco tempo, um funcionário daquele estabelecimento comercial havia falecido em um acidente motociclistico. Daí, seu proprietário aproveitou o ensejo natalino e fez uma homenagem muito especial e emotiva ao rapaz que havia falecido há bem pouco tempo em acidente de moto, quando uma funcionária zeladora, não se conteve e caiu em lágrimas. Passado a comoção, só a zeladsora continuou a chorar. Todos já estavam se confraternizando e ela não parava de chorar. Buuuaaaaá! E tome choro! Logo começaram a servir bebidas e em seguida o jantar. Ela entrou na fila pra jantar e quando chegou sua vez, a pessoa que estava servindo ficou esperando para saber se ela queria aquela comida e ela continuava a chorar com o prato à mão. A moça que servia não se contece e perguntou irritada com o choro: QUER, MUIÉ? E ela: O que é isso? Resposta: SALPICÃO! Ela: Bote, bote, bote! E continuou o berreiro! Ou seja, estava triste, mas, não perdeu a fome! Essa me foi contada por Suely Barbosa de Souza que à época trabalhava lá e participou da solenidade natalina!