Na época de minha adolescência, quando não havia a liberdade sexual de hoje, era muito difícil arrumar uma mulher para transar que não fosse rapariga, empregada doméstica ou coisa que o valha. Repressão total, comeu, casou! Não havia essa estória de sair com a namorada e transar, não. As namoradas daquela época, impregnada, de preconceitos, eram chamadas de moças de família. Não precisa nem frisar que o machismo imperava. Todos os rapazes eram "gabolas" e falavam das moças alheias (de famílias), de coisas que faziam e também do que não acontecia. Era prazeroso, para alimentar o ego machista, dizer que tinha saído com fulana de tal e que tinha feito isso, aquilo e aquilo isso! Pois muito bem, devia ter uns dezesseis para dezessete anos, quando consegui namorar uma dessas moças de família e ter uma oportunidade impar, na praia, num desses inesquecíveis veraneios em Tibau. No maior amasso, a coisa já pendendo para a "violência", quando ela me falou: Olhe, num vá contar pra ninguém, não, viu? Eu respondi na bucha: Pois pode ficar com seu priquito, pra você! E caímos na risada!
Nenhum comentário:
Postar um comentário