segunda-feira, 12 de abril de 2010

CONSCIÊNCIA PESADA

Jurei que só faria algo escrito se fosse p´ra dar nome "aos bois", entretanto, essa é muito pesada e pode ainda fazer algum estrago na vida de quem foram nossas "vítimas" e por essa razão vou poupá-los. Vou dar algumas dicas e se alguém os identificar, paciência! Pois muito bem, início dos anos setenta, íamos para o Colégio Diocesano Santa Luzia de carona com seu Zé, que tinha uma C-10 e que residia alí na avenida Dix-sept Rosado nas proximidades da Matriz de Santa Luzia. Seu Zé, muito paquerador, "pegava" todas as domésticas (As mulheres disponíveis à época. Não eram todas, lógico!) do bairro e a mulher dele, D. Maria, desconfiava dos namoros dele, com as mundanas. A gente que saia toda à noite para ir ao cinema, para parques de diversões, praças e etc., sabia das astúcias e sempre via Seu Zé, "desdobrando" as requenguleas e ficavamos pensando como fazer para chegar ao conhecimento de D. Maria. Certo dia, deu aquele estalo e fomos, eu, Sérgio Miranda e Zé Maria Cocão, à Casas Pernambucanas e "extraímos" de lá uma "calçola" tamanho G (Manequim das gatas da época) e ao chegarmos em casa lavamo-a e botamos p´ra enxugar e no outro dia bem cedo, fomos até a casa de Seu Zé, por volta das 5:30 hs e abaixamos o vidro da C-10, que pernoitava na rua, e jogamos a "calçola" para dentro do carro e em cima do banco. Retornamos para a praça da redenção, nosso reduto, e quando deu a hora costumeira, chegamos lá e subimos na carroceria da caminhonete e ficamos nos "estourando", esperando o desenrolar da situação. Nisso, lá vem D. Maria e ao abrir a caminhonete, deu logo de cara com a calçola em cima do banco e já foi se virando para dentro de casa de gritando: Zé, seu cachorro, de quem é essa calça, cabra safado! E ele, bem calmo, como é seu jeito dizia: Eu num sei do que se trata, Maria...E ela continuava: Que num sabe o que seu cabra safado, cachorro...Ele: Maria, olhe os meninos! Deixe essas coisas par depois...E o pau cantando! Eu, e os meninos se acabando de rir em cima da caminhonete e o filho dele nos ameaçando, dizendo que se tivesse certeza que tinha sido a gente, ía nos matar...Coisas de meninos ruins de uma época que já não existe!

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