sexta-feira, 21 de maio de 2010

POBRE NÃO PODE NADA

Ainda não me referi ao saudoso Joca Bruno, antigo tabelião do quarto cartório, desta cidade amada por todos. Por lei, o escrivão tem a obrigação de rejeitar registros civis com nome, sobrenomes e prenomes que possam constranger o registrado no futuro. E assim procedia Joca! Quando achava um nome estranho perguntava logo o porque daquele nome. Preliminarmente, conto a passagem de quando fui registrar André, meu filho que tem o nome familiar materno, Santa Rosa e, ele me perguntando o porque deste sobrenome eu lhe respondi perguntando: E porque Joca Bruno? Ele riu e fez o registro. Bem, lá chegou um cidadão querendo registrar o filho com o nome de Antonio Cachorro da Silva, ao que Joca logo rejeitou dizendo que isso era um absurdo pois não se podia admitir que pessoas colocassem o nome de animais em pessoas, dentre outras razões aventadas. Daí, o sujeito lhe diz: Num pode eu, que sou pobre, mas os ricos podem, pois conheço Rutilo Coelho, Raposo Tavares, Jarbas Passarinho, Heloisa Leão, Antonio Formiga.... Não me pergunte se Joca consentiu o registro, pois não sei o resultado dessa "parada".

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